PROFESSOR

PAULO CESAR

PORTAL DE ESTUDOS EM QUÍMICA
 

DICAS PARA O SUCESSO NO VESTIBULAR: AULA ASSISTIDA É AULA ESTUDADA - MANTER O EQUILÍBRIO EMOCIONAL E O CONDICIONAMENTO FÍSICO - FIXAR O APRENDIZADO TEÓRICO ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS.

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ADIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO EM CICLANOS

Ciclanos ou cicloalcanos são hidrocarbonetos cíclicos saturados, de fórmula geral CnH2n, também conhecidos como cicloparafinas.

Os mais importantes ciclanos são:

 

1. Propriedades Químicas dos Ciclanos

I. Hidrogenação

Os ciclanos com três átomos de carbono no ciclo adicionam hidrogênio, na presença de níquel, à temperatura relativamente baixa (120 °C); os ciclanos com quatro átomos de carbono no ciclo também adicionam hidrogênio, na presença de níquel, à temperatura mais alta (200 °C); os ciclanos com cinco átomos de carbono no ciclo adicionam hidrogênio, na presença de níquel, à temperatura ainda mais alta (300 °C). Os ciclanos com seis átomos de carbono no ciclo não adicionam hidrogênio. Em resumo os três primeiros ciclanos (ciclopropano, ciclobutano e ciclopentano) dão reação de adição e os demais ciclanos, reação de substituição.

Por exemplo:

 

II. Halogenação

 

III. Reação com Halogenidreto (HCl, HBr, HI)

 

2. Teoria da Tensão dos Anéis de Bayer

Pelas reações anteriores, conclui-se que a estabilidade dos ciclanos aumenta do ciclopropano para o cicloexano.

Foi em 1885 que Adolf von Bayer propôs uma teoria para explicar o comportamento diferente dos ciclanos.

O ângulo formado por ligações simples com duas unidades de covalência do carbono pode ser matematicamente determinado e seu valor é de 109°28’.

Ângulo de Estabilidade Total entre as Ligações.

Num ciclo de 3 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de covalência é de 60°.

Existe, portanto, grande tensão no ciclo e sua tendência é de abrir; daí a facilidade com que há reação de adição com ruptura do ciclo.

Num ciclo com 4 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de covalência do carbono no ciclo é de 90°:

Neste caso, a tensão é menor e a estabilidade do ciclo é maior que o ciclopropano. Mas a tensão no ciclobutano continua, portanto, da reação de adição com ruptura do ciclo.

Num ciclo com 5 átomos de carbono, o ângulo formado entre duas unidades de covalência do carbono no ciclo é de 108°:

Praticamente não há tensão no ciclo, daí então sua grande estabilidade. Porém, mesmo com esta tensão mínima, pode haver reação de adição com ruptura do ciclo em condições enérgicas.

A teoria de Bayer não não foi satisfatória para explicar a grande estabilidade dos ciclos com seis ou mais átomos de carbono, porque admitia que os seis ou mais átomos de carbono do ciclo estavam num mesmo plano, e, sendo assim, haveria tensão no ciclo.

Assim, no cicloexano, se os seis átomos de carbono estivessem num mesmo plano, o ângulo formado entre duas unidades de covalência do carbono no ciclo seria 120º, e haveria tensão no ciclo, pois o ângulo normal é 109º 28’.

A partir do ciclo de 6 átomos de carbono, à medida que aumentasse o número de átomos de carbono no ciclo, deveria diminuir a sua estabilidade, pois aumentaria a tensão, o que está em desacordo com a prática, pois estes ciclos são muito estáveis.

Resumindo temos:

3. Teoria de Sasche-Mohr

Em 1890, Sasche admitiu que nos hexaciclos, heptaciclos etc. os átomos de carbono não estão num mesmo plano, e, sendo assim, o ciclo pode se formar sem tensão. De fato, com o auxílio dos modelos de átomos de carbono, podem-se construir os hexaciclos, heptaciclos etc., e verificar que os átomos de carbono se distribuem em diversos planos e o ciclo não apresenta tensão alguma. Sasche em sua teoria admitiu que, num hexaciclo, os seis átomos de carbono podem se dispor espacialmente de duas maneiras diferentes.

Hexaciclo em forma de C (ou forma de barco) e hexaciclo em forma de Z (ou forma de cadeira.

Em ambas as formas não existe tensão no ciclo, pois o ângulo de ligação é 109°28’.

Com a teoria, de Sasche surgiu o problema: deveriam existir dois isômeros do cicloexano, correspondentes às formas C e Z. Na prática, porém, não se verifica este tipo de isomeria.

Mohr, com auxílio dos modelos de átomos de carbono, demonstrou que, facilmente, a forma C passa para a forma Z e vice-versa com uma ligeira torção no ciclo. Mohr admitiu então que no cicloexano as moléculas com ciclo na forma C estão continuamente se convertendo em moléculas com ciclo na forma Z e vice-versa, não se podendo isolar uma das formas, que seria um dos isômeros.]

Portanto, os ciclanos com 6 ou mais de 6 carbonos são estáveis e por isso não existe ruptura na ligação do seu ciclo, portanto, só apresentam reação de substituição.

 

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Este site foi atualizado em 04/03/19