PROFESSOR

PAULO CESAR

PORTAL DE ESTUDOS EM QUÍMICA
 

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A Química na cozinha

apresenta: O AÇÚCAR

 

Açúcar é vida!

As pessoas têm usado materiais para armazenar informação desde o tempo das pinturas em cavernas. Hoje podemos especular sobre a possibilidade de armazenar informação em moléculas únicas. Um sonho dos projetistas de computadores é que um dia arranjos de tais moléculas servirão como dispositivos de armazenamento de dados de enorme capacidade. A natureza, no entanto, já tem usado essa técnica por milhões de anos. Ela usa a molécula chamada de ácido desoxirribonucléico (DNA) para armazenar a informação genética que permite aos seres vivos se reproduzirem.

Haveria DNA sem açúcar? Moléculas de açúcar alternadas com grupos fosfato formam a “espinha dorsal” do ácido desoxirribonucléico, macromolécula que armazena as informações hereditárias (veja Figura 2). Retirando-se os açúcares, nós não teríamos DNA e sem a informação associada a ele, não haveria vida, pelo menos da forma como a concebemos hoje.

Figura 2 – A presença de moléculas de açúcar no DNA e RNA

Os carboidratos estão intimamente ligados ao ciclo de vida dos animais e vegetais. Nestes últimos, açúcares são produzidos através de várias reações que, em conjunto, compõem o fenômeno da fotossíntese. As seqüências de reações representadas abaixo “fecham” o ciclo fundamental de energia nos seres vivos: os vegetais, com auxílio da energia solar, fabricam seus nutrientes que, a seguir, são consumidos pelos animais para obtenção da energia necessária aos seus processos vitais.

Não é objetivo aqui se fazer uma análise aprofundada da fotossíntese, pois se trata de um fenômeno deveras complexo e que não está diretamente ligado ao escopo deste artigo, mas, se você quiser saber mais sobre o assunto, sugiro a visualização das seguintes animações disponíveis na Internet:

http://www.catie.org.uk/images/Plant_Life_Rev01_04.swf

http://ilo.ecb.org/SourceFiles/photosynthesis.swf

É comum separar o fenômeno da fotossíntese vegetal em duas fases: a clara e a escura, sendo que a fase clara teria a luz solar para sintetizar ATP[3] e formar NADPH[4] na membrana tilacóide, e a fase escura, na qual o ATP e o NADPH produzidos na fase clara são utilizados para a fixação de CO2(g), o que ocorre no estroma[5] do cloroplasto[6]. Falando especificamente na fase “escura” de fotossíntese, há a formação de sacarose através da reação indicada na Figura 3.

Figura 3 – Síntese da sacarose em uma etapa da fotossíntese

Essa sacarose formada, por sua vez, poderá ser convertida finalmente em amido, um tipo de carboidrato que tem como função ser uma fonte energética de reserva nas plantas, com função semelhante ao glicogênio[7] nos seres humanos, ou então em celulose, a qual servirá para formar as estruturas da planta, como o caule e as folhas, por exemplo.

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[3] ATP é a sigla para adenosine triphosphate (trifosfato de adenosina), molécula na qual se encontram as ligações fosfato, altamente energéticas, responsáveis pelo fornecimento de energia para a manutenção das células e mecanismos metabólicos em geral.

[4] Sigla para o composto nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato, forma reduzida. Uma das principais fontes de energia para reações anabólicas (reações relacionadas às queimas respiratórias intracelulares).

[5] O estroma é uma região aquosa que circunda as tilacóides. Para maiores informações, clique aqui.

[6] Segundo Bayardo B. Torres e Rodrigo V. M. da Silveira, em seu software sobre a fotossíntese, a classificação da fotossíntese em fase “clara” e “escura” é equivocada, visto que a fase dita “escura” necessita também de luz solar para ocorrer.

[7] O glicogênio é um polímero de a-glicose (podendo ter mais de 3000 unidades de glicose) muito ramificado, encontrado no fígado dos animais. O organismo produz e guarda glicogênio para ser uma fonte energética de reserva, podendo ser desmembrado novamente em sua constituinte se assim for necessário.

 

 

 

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Este site foi atualizado em 15/01/11