Uso de frutose como adoçante
Antes mesmo de o açúcar ser
produzido em larga escala e hoje se destacar como o
adoçante mais utilizado no planeta, seja ele
proveniente de cana ou da beterraba, o mel era
utilizado para adoçar os alimentos. E você sabia que
o açúcar do mel é predominantemente frutose? Cerca
de 42% em peso do mel é constituído por este açúcar
natural. Seu nome é originário da palavra latina
fructus, já que as frutas são uma importante
fonte de frutose. Mas, quais são os benefícios e os
malefícios para quem utiliza a frutose como adoçante
com fins medicinais ou estéticos? Há contra
indicações? Veremos alguns aspectos importantes a
seguir.
Alguém
que entende um pouco de química e sabe do
pré-suposto que a frutose, diferentemente da
glicose, não precisa de insulina para ser
metabolizada, logo pensa que ela seja a salvação
segura para quem quer ter o prazer de saborear um
alimento doce, mas não querem sofrer o ônus de um
possível exagero. Como tudo na vida, há pontos
positivos e negativos no uso da frutose como
adoçante, dos quais, sumariamente, falarei a seguir.
Existem alguns argumentos a favor da utilização da
frutose em diabéticos, basicamente: independência em
relação à insulina no transporte e distribuição de
frutose até a etapa inicial do metabolismo; absorção
mais lenta da frutose em relação à glicose; aumentos
mínimos e transitórios da glicemia após a sua
absorção. Porém, não existe consenso entre os
autores que publicam sobre esse assunto. Alguns
autores supõem que o consumo descontrolado de
frutose resultaria em glicose e seu polímero, o
glicogênio, o que, conseqüentemente, geraria um
aumento da glicemia.
Para
aqueles que possivelmente queiram utilizar a frutose
para fins estéticos, é importante ressaltar que ela
é um importante precursor para a formação de
lipídios, os quais constituem um problema de saúde
pública: a obesidade. Uma
pesquisa realizada na Alemanha com ratos sugeriu
que a frutose pode engordar mais que o açúcar comum.
O estudo mostrou também que o ganho de peso não
depende apenas do número de calorias ingeridas, mas
também do tipo de alimento.
Por
fim, gostaria ressaltar/recomendar que sempre é
fundamental consultar um profissional da saúde,
nesse caso, da nutrição. Como podemos verificar
neste capítulo, há vários aspectos a serem levados
em consideração e, mesmo que seu caso seja
simplesmente para a manutenção do peso e não um caso
grave, envolvendo uma doença, como é o caso dos
diabéticos, é importante que um profissional seja
consultado. Pergunte, compare, proponha,
experimente, mas sempre sob orientação de um
especialista, pois com saúde não se brinca.