PROFESSOR

PAULO CESAR

PORTAL DE ESTUDOS EM QUÍMICA
 

DICAS PARA O SUCESSO NO VESTIBULAR: AULA ASSISTIDA É AULA ESTUDADA - MANTER O EQUILÍBRIO EMOCIONAL E O CONDICIONAMENTO FÍSICO - FIXAR O APRENDIZADO TEÓRICO ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS.

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Eletroquímica

Eletroquímica é o estudo das reações nas quais ocorre conversão de energia química em energia elétrica e vice-versa.

Numa pilha galvânica ocorre a conversão de energia química em energia elétrica, já numa eletrólise ocorre a conversão de energia elétrica em energia química. 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21793.jpg
 

Em eletroquímica estudamos as reações de oxidorredução que geram ou consomem energia.

 

ÍNDICE

  1. Pilha
    bulletRepresentação IUPAC da pilha
  2. Eletrodo padrão
  3. Corrosão
  4. Espontaneidade de uma reação de oxidorredução
  5. Força de um oxidante
  6. Força de um redutor  
  7. Eletrólise
    bulletGalvanoplastia
    bulletAplicações da eletrólise
    bullet Eletrolise quantitativa
    bullet Conceito de faraday (F)
    bullet Leis de Faraday
    bullet Cálculo das quantidades envolvidas em uma eletrolise
    bullet Equivalente eletroquímico (ε)
    bullet Cubas em serie

horizontal rule

Pilha

Pilha é qualquer dispositivo no qual uma reação de oxirredução espontânea produz corrente elétrica.

Cátodo é o eletrodo no qual há redução (ganho de elétrons). É o pólo positivo da pilha.

Ânodo é o eletrodo no qual há oxidação (perda de elétrons). É o pólo negativo da pilha.

Os elétrons saem do ânodo (pólo negativo) e entram no cátodo (pólo positivo) da pilha.

 

Pilhas comerciais
bulletPilha seca comum (Leclanché)
bulletPilha alcalina comum
bulletPilha de mercúrio
bulletBateria de níquel-cádmio
bulletBateria de chumbo
bulletPilha de combustível

 

Representação convencionada pela IUPAC

Ânodo/Solução do ânodo//Solução do cátodo/Cátodo

 

Exemplo: Pilha de Daniell ® Zn/Zn2+//Cu2+/Cu

 

Eletrodo padrão

Eletrodo padrão é aquele no qual as concentrações das substâncias em solução é igual a 1 mol/L e a temperatura é de 25°C.

No caso de um gás participar do eletrodo, sua pressão deve ser igual a 1 atm.

Por convenção, o potencial padrão de eletrodo do hidrogênio é igual a zero e o seu potencial padrão de redução é igual a zero:

 

2H+ + 2e- ®
¬
H2
E0red = 0 (convenção)

 

A IUPAC eliminou o termo potencial de oxidação. Sempre deve ser usada a expressão potencial de redução.

A medida do potencial padrão de redução de um dado eletrodo padrão é feita medindo-se a ddp de uma pilha padrão na qual uma das semipilhas é um eletrodo padrão de hidrogênio e a outra é o eletrodo padrão cujo E0red se quer medir.

 

bulletQuanto maior for o E0red, mais fácil será a redução e mais forte será o oxidante.

 

bulletQuanto menor for o E0red, mais difícil será a redução e mais fraco será o oxidante.

 

bulletQuanto maior for o E0red, mais difícil será a oxidação e mais fraco será o redutor.

 

bulletQuanto menor for o E0red, mais fácil será a oxidação e mais forte será o redutor.

 

MENOR E0red fluxo de elétrons
¾¾¾¾¾¾¾¾®
reação espontânea (DG < 0)
 

horizontal rule

fluxo de elétrons
¬¾¾¾¾¾¾¾¾
reação não-espontânea (DG > 0)
MAIOR E0red

 

Potenciais de Redução

 

 

Corrosão

Corrosão do ferro

 

Reação global: 2Fe + 3/2O2 + xH2O ® Fe2O3 · xH2O
  ferrugem

 

 

Proteção contra a corrosão
bulletFerro galvanizado (ferro revestido de zinco)
bulletLata (ferro revestido de estanho)
bulletFerro com plaquetas de Zn ou Mg presas na superfície e que funcionam como eletrodo de sacrifício

 

Espontaneidade de uma reação de oxidorredução

Sabemos que a reação que ocorre numa pilha é espontânea e a voltagem é sempre positiva, portanto, podemos afirmar que:

• Quando a voltagem calculada para a reação (Etotal ou ∆V) for de valor positivo, a reação será espontânea.


 
ΔEtotal > 0 ® reação espontânea.

 

Exemplo

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21831.jpg

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21832.jpg

A reação é espontânea.



• Quando a voltagem calculada para a reação for de valor negativo, a reação não será espontânea. Então, a reação inversa será espontânea.

 

ΔEtotal < 0 ® reação não-espontânea

 

Exemplo

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21833.jpg

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21834.jpg

A reação direta é não-espontânea, a reação inversa será espontânea.

 

Força de um oxidante

Todo oxidante sofre redução, ou seja, ganha elétrons.
Um bom oxidante ganha elétrons com facilidade, pois tem grande capacidade de sofrer redução, ou seja, tem grande potencial de redução.
Como oxidante o cátion Cu++ é melhor do que o cátion Zn++, pois o potencial de redução do cobre é maior que o do zinco. 
 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21835.jpg

 

Força de um redutor

Todo redutor sofre oxidação, ou seja, perde elétrons.
Um bom redutor perde elétrons com facilidade, pois tem grande capacidade de oxidação, ou seja, apresenta grande potencial de oxidação. Como redutor o Zn é melhor que o Cu, pois o potencial de oxidação do zinco é maior que o do cobre. 
 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21836.jpg

 

Eletrólise

Eletrólise é uma reação de oxirredução não-espontânea produzida pela passagem da corrente elétrica.

Cátodo da cela eletrolítica é o eletrodo negativo, isto é, ligado ao pólo negativo do gerador. Nele ocorre sempre uma reação de redução.

Ânodo da cela eletrolítica é o eletrodo positivo, isto é, ligado ao pólo positivo do gerador. Nele sempre ocorre uma reação de oxidação.

 

  Pólo positivo Pólo negativo
Pilha cátodo ânodo
Célula eletrolítica ânodo cátodo

célula eletrolítica

A célula é um dispositivo formado por dois eletrodos: A (ânodo) e C (cátions), submergidos num líquido contido de íons livres, como o M+ e X-

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21858.jpg
 

Seja o composto genérico MX. Numa solução aquosa, ele dissocia:
 

MX ® M+ + X-
 

Veja o que ocorre utilizando a energia elétrica: 

Redução no cátodo

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21859.jpg
 

Redução do ânodo 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21860.jpg

 

Os ânions cedem elétrons para o ânodo. Os elétrons percorrem o circuito. Os cátions recebem elétrons do cátodo.
Liga-se uma bateria aos eletrodos A e C através de dois fios. A bateria bombeia elétrons, empurrando-os para o eletrodo C e retirando-os do eletrodo A.
Ao fornecer energia elétrica para uma célula eletrolítica, ocorre a eletrólise. Conclusão: a célula eletrolítica transforma a energia elétrica em energia química.

A liberdade de movimento dos íons pode ser adquirida através da:

- fusão: eletrólise ígnea
- dissolução em um solvente polar: eletrólise em solução.

 

Na eletrólise em solução aquosa de sais de metais alcalinos (Na+, K+...), alcalino-terrosos (Ca2+, Ba2+...) e de alumínio (Al3+), a descarga no cátodo não é a dos respectivos cátions, mas ocorre segundo a equação:

2H2O + 2e- ® H2 + 2(OH)-

Nas eletrólises em solução aquosa e com ânodo inerte (Pt ou grafite) de sais oxigenados (SO42-, NO3-, PO43-...) não há a descarga dos respectivos ânions oxigenados, mas ocorre a descarga segundo a equação:

H2O ® 2H+ + ½O2 + 2e-

O ânion F-, embora não seja oxigenado, comporta-se como os ânions oxigenados em relação à descarga no ânodo.

Nas eletrólises em solução aquosa com ânodo de metal não-inerte M (prata ou metal mais reativo que a prata), a descarga que ocorre no ânodo é segundo a equação:

M ® M x+ + xe-

Ag ® Ag+ + e-

Cu ® Cu2+ + 2e-

Purificação eletrolítica do cobre - Faz-se a eletrólise de CuSO4 em solução aquosa usando como cátodo um fio de cobre puro e como ânodo um bloco de cobre impuro. Nesse processo, precipita a lama anódica que contém impurezas de Au, Ag, Pt, etc., da qual são posteriormente extraídos esses metais.

 

Galvanoplastia

Douração, prateação, niquelação, cromeação, etc., feitas por via eletrolítica.

 

Aplicações da eletrólise

bulletObtenção de metais (Al, Na, Mg)

 

bulletObtenção de NaOH, H2 e Cl2

 

bulletPurificação eletrolítica de metais

 

bulletGalvanoplastia

 

Eletrolise quantitativa

Quando realizamos a eletrólise da água, o volume que obtemos de H2(g) no cátodo é o dobro do volume que obtemos de O2(g) no ânodo.
Agora vamos aprender a calcular a quantidade de substância liberada num eletrodo.

Sendo:

i – intensidade de corrente.
Q – quantidade de carga elétrica.
t – tempo de passagem da corrente pelo eletrólito.

Temos: 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21895.jpg
 

 

Conceito de faraday (F)

A quantidade de eletricidade de 1 mol de elétrons (6,02 x 1023 elétrons) é chamada de faraday (F).

A carga elétrica que um elétron transporta é 1,6 x 10-19C.
Um mol de elétrons terá carga:
6,02 x 1023 x 1,6 x 10-19C Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21896.jpg 965000 C
965000 C = 1 Faraday

  

Leis de Faraday

1ª Lei de Faraday

A massa de substância eletrolisada é diretamente proporcional à carga elétrica que atravessa a solução. 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21897.jpg


2ª Lei de Faraday


A massa de substância eletrolisada é diretamente proporcional à massa molar e inversamente proporcional à valência (carga) do íon.

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21898.jpg

 

Cálculo das quantidades envolvidas em uma eletrolise

Vamos analisar o problema abaixo:
Calcule a intensidade de corrente que o gerador deve fornecer para que, após 16 minutos e 5 segundos de passagem da corrente por uma solução de CuSO4, sejam depositados 12,7 g de cobre no cátodo.

Dados:

Massa molar do cobre: 63,5 g/mol
Carga elétrica de 1 mol de elétrons (faraday) 96.500 C.

Resolução por estequiometria 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21899.jpg

 

Equivalente eletroquímico (ε)

A quantidade de substância eletrolisada ou depositada, quando ocorre a passagem de uma carga de 1 coulomb (C) pela solução, é denominada equivalente eletroquímico. 


Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21900.jpg

 

Cubas em serie

Lembrando que 1F eletrolisa 1E, se o circuito ocorrer em série, concluímos que, como a carga que circulará em cada eletrodo será a mesma, o número de equivalente formado também será o mesmo para todos os eletrodos.

Sabendo que a carga que passa nos eletrodos é a mesma: 

Descrição: http://www.iped.com.br/sie/uploads/21901.jpg

Esta aplicação pode ser feita para as pilhas. O número de equivalentes que aparece no cátodo é igual ao que desaparece no ânodo.

 

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Este site foi atualizado em 04/03/19