PROFESSOR PAULO CESAR |
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A descoberta de mecanismos de reação compatíveis com a lei de velocidade. A lei cinética de uma reação possibilita que dela se extraiam algumas conclusões sobre o que ocorre em nível molecular durante a reação.
Reações elementares Já foi dito que, em geral, não se pode
escrever uma lei de velocidade a partir de uma equação química. Isto
acontece porque todas as reações, exceto as mais simples, são resultados de
várias etapas, chamadas de reações elementares. Uma reação elementar
descreve um evento distinto, freqüentemente, uma colisão de partículas. O
desenvolvimento de uma reação é explicado por meio de um mecanismo de
reação, isto é, uma seqüência de reações elementares que descreve as
modificações que possivelmente ocorrem à medida em que os reagentes se
transformam em produtos. Uma reação elementar bimolecular (A+B®P)
tem uma cinética de segunda ordem: Uma seqüência de etapas elementares reunidas em um mecanismo, pode levar à lei da cinética da reação.
Reações em série e em paralelo Reações em série As reações em série são também chamadas de reações
consecutivas. São reações do tipo:
A equação acima é uma equação diferencial não homogênea
de primeira ordem e primeiro grau, e pode ser resolvida com o auxílio de um
fator integrante do tipo Substituindo este valor na expressão Lembrando que no sistema de reações considerado, o
número total de mols é constante, então Para encontrar o tempo correspondente ao máximo de
concentração do produto intermediário R, é só derivar e igualar a zero a
equação Derivando:
Etapa determinante da velocidade global de uma reação em etapas Voltando à equação E assim a equação se reduz a: Esta equação mostra que, neste caso, a
formação de S depende apenas da segunda etapa, que é a etapa mais lenta.
Portanto, conclui-se que a etapa determinante da velocidade global da reação
é sempre a mais lenta do processo.
Reações em paralelo Reações em paralelo são reações do tipo: A Considerando que ambas as reações deste sistema sejam
de primeira ordem, as seguintes equações diferenciais podem ser escritas: Desta forma, o sistema se comporta como se o reagente A
sofresse uma única reação de primeira ordem, cuja constante de velocidade é
kap. Integrando esta equação e considerando que a reação se
inicia com A puro, obtém-se para concentração de R o valor:
Considerando-se que se parte de A puro, pode-se fazer De forma análoga, a concentração de S, na reação A O rendimento máximo obtido em relação a cada um dos
produtos pode ser calculado. Para tanto é necessário considerar que se
partiu de A puro e que a reação ocorreu de forma completa, permitindo
estabelecer-se a seguinte relação: Que permite calcular a fração máxima de A que pode ser
transformada em R, ou seja, o rendimento máximo de R. Reações reversíveis Seja a seguinte reação reversível:
Se ambas forem de 1ª ordem: No equilíbrio:
Resolvendo esta equação diferencial com a condição
inicial,
Acima vemos curvas características de um sistema de reações reversíveis de tipo A↔B, para Keq>1.
Reações explosivas Reações em cadeia em certas
circunstâncias podem se tornar explosivas. Uma explosão térmica ocorre
devido ao crescimento muito rápido da velocidade de reação em virtude da
elevação da temperatura. Quando a energia liberada em uma reação exotérmica
não consegue escapar do sistema reacional, a temperatura do sistema começa a
se elevar e a reação avança com maior velocidade. A temperatura eleva-se
rapidamente, devido à aceleração da velocidade, e a reação avança com
velocidade maior ainda.
Catálise Quando a energia de ativação de uma reação for alta, apenas uma pequena fração das colisões moleculares leva à reação, em temperaturas normais. Utilizando um catalisador é possível diminuir a energia da ativação da reação. Um catalisador aumenta a velocidade da reação, sem ser consumido na mesma. Em uma mesma temperatura , uma fração maior de moléculas de reagente pode cruzar a barreira de energia mais baixa da trajetória catalisada e se transformar em produtos, como pode ser visualizado no gráfico abaixo:
Um catalisador homogêneo é aquele que está na mesma fase da mistura reacional (para reagentes gasosos o catalisador é um gás; para reagentes líquidos o catalisador homogêneo se dissolve na solução). Um catalisador heterogêneo está numa fase diferente da do sistema reacional (por exemplo, um catalisador sólido para uma reação em fase gasosa).
Este site foi atualizado em 04/03/19 |